A pessoa com este transtorno apresenta pensamentos e/ou atos repetitivos que não possuem uma justificativa lógica e real.  Por mais que o individuo pense que não existem motivos para tais pensamentos e comportamentos, ele não consegue abandoná-los.

Os comportamentos compulsivos mais freqüentes são:

  •  Relacionados à limpeza (lavar as mãos, tomar banho, mania de limpeza)
  •  De verificação (conferir se fechou as portas, se apagou as luzes, se desligou o fogo)
  •  de contagem
  •  de simetria
  •  de colecionamento (guardar objetos desnecessários)

Os pensamentos obsessivos mais frequentes são:

  •  de agressividade
  •  sexuais
  • de contaminação e limpeza

Essas obsessões e compulsões causam uma angústia enorme ao paciente. Ele tenta lutar contra elas com todas as suas forças, mas não consegue.

Geralmente, os comportamentos compulsivos já constituem uma primeira tentativa do paciente de lutar contra seus pensamentos. Por exemplo, para tentar impedir de pensar que suas mãos estão imundas, ele as lava repetidamente.

Os pensamentos intrusivos que atormentam o portador de TOC, também surgem na mente de todos nós. A  diferença é que normalmente  não nos sentimos tão ameaçados por essas idéias.

É importante salientar que as pessoas em geral também apresentam comportamentos compulsivos, mas num grau que não interfere significativamente em sua vida. No caso dos indivíduos com TOC, estes comportamentos atingem uma frequência alta e comprometem  muito tempo do seu dia. Por exemplo, uma pessoa pode sentir a necessidade de tomar  banho 5 ou 6 vezes ao dia, comprometendo seu tempo de estudo trabalho, lazer. Algumas pessoas desenvolvem  rituais, em que uma sequência de ações tem que ser realizada rigidamente. Por exemplo, ter que rezar 3 ave-marias, depois tomar banho por uma hora, escovar os dentes por 20 minutos, fazer o sinal da cruz 20 vezes e assim por diante.  A pessoa fica desta forma aprisionada por seu próprio ritual.

O tratamento consiste em acompanhamento psiquiátrico e psicoterapia.

Bibliografia:

Barlow, David H. Psicopatologia – uma abordagem integrada.