O  belíssimo filme  “A garota dinamarquesa” retrata com enorme sensibilidade o sofrimento  de quem nasceu com o corpo de homem e  se sente mulher.   O  filme é baseado numa história real que ocorreu por volta de 1930, com o pintor  dinamarquês Einar Wegener que desejava assumir uma identidade feminina. Os preconceitos, que ainda existem hoje, eram enormes tanto por parte da população em geral como dos próprios médicos.  Apesar de fazer parte do meio artístico, que costuma ser mais flexível e contestador, os tabus eram muito fortes.

Após muitas buscas,  Einar consegue encontrar um médico que compreende sua situação e lhe propõe a realização de cirurgias.

Atualmente abordamos um pouco mais este tema, mais pessoas se assumem como transexuais  e as técnicas cirúrgicas são mais avançadas. Apesar disto, ainda existe muita incompreensão a respeito do tema.

Os transexuais vivem um conflito intenso entre a identidade sexual e o o corpo que possuem.  É  como se tivessem nascido no corpo errado. E  é por isso que muitos  realizam  tratamentos hormonais e a cirurgia  para troca de sexo. No caso do homem,  a cirurgia consiste  na retirada do pênis e dos testículos e na construção de uma vagina. O  tratamento hormonal tem como finalidade  o crescimento de mamas  e desenvolvimento de características femininas. No caso da mulher ocorre a retirada dos ovários, do útero e das mamas  e a construção de um pênis a partir  do clitóris. Os hormônios,  por sua vez, ajudam a aumentar a musculatura  e desenvolver características masculinas.

De maneira geral,  a cirurgia ajuda bastante a melhorar a qualidade de vida dos transexuais,  harmonizando a relação entre corpo e identidade sexual.

Fevereiro/2016